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A INVENÇÃO DO LAPIS, CONFIRA

O lápis é uma das invenções mais usadas e mesmo indispensável na vida diária, mas mesmo assim, não se sabe ao certo qual a sua origem. A primeira menção feita em relação a um lápis de grafite se encontra em um trabalho enciclopédico do médico, botânico e zoólogo suíço-alemão Konrad von Gesner, publicado em 1565.
História do Lápis
Konrad von Gesner
Neste trabalho, Gesner descreve um instrumento utilizado na escrita, constituído de uma vareta de grafite colocada dentro de uma moldura de madeira. O uso de lápis se estendeu por dois séculos e foi na década de 60 do século XVIII, quando a empresa alemã Faber, fundou uma fábrica na cidade de Nuremberg, Alemanha, para a produção, em larga escala, de lápis.

DESCOBRIMENTO DE DEPÓSITO DE GRAFITE

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Grafite em pedra
Desde 1665 (algumas fontes indicam 1600), um depósito, de grande escala, de grafite foi descoberto em Seathwaite Fell, nas proximidades de Borrowdale, Cumbria, Inglaterra. Foi observado, inicialmente, que o material descoberto era bom para marcar as ovelhas.
Este depósito de grafite era extremamente puro e sólido, e podia ser facilmente cortado na forma de varetas. Este foi e segue sendo o único depósito de grande escala de grafite encontrado nesta forma sólida.
O desenvolvimento da química estava em seu início e a substância descoberta foi classificada como uma forma de chumbo. Por isso, foi denominada de plumbagina (em latim, plomo).
O valor econômico da grafite disparou no mercado, principalmente pelo motivo que este podia ser utilizado para alinhar os moldes para as bolas de canhão, e o controle das minas foi assumido e resguardado pela coroa inglesa.
A grafite saía da Inglaterra por contrabando para ser usada como lápis.
A grafite, devido sua fragilidade, requer um tipo de envoltório para sua proteção. As varetas de grafite, a princípio, eram envoltas por barbante ou por couro de ovelha para lhe dar estabilidade. A fama da utilidade destes primeiros lápis se expandiu rapidamente, atraindo a atenção de artistas por todo o “mundo conhecido”.
Ainda que outros depósitos de grafite tenham sido encontrados em outras partes do mundo, não possuíam a mesma pureza e qualidade que os encontrados em Borrowdale, e tiveram que ser triturados para eliminar impurezas e deixar somente o pó de grafite. A Inglaterra continuou desfrutando de um monopólio na produção de lápis até que foi encontrado um método de reconstituir o pó de grafite.
Os lápis quadrados ingleses continuam sendo feitos com varetas cortadas de grafite natural desde 1860. Hoje, a cidade de Keswick, próxima a zona do depósito original do bloco de grafite, tem um museu dedicado ao Lápis. A primeira tentativa de fabricar as varetas de grafite pulverizada ocorreu em Nuremberg, Alemanha, em 1662. Se utilizo uma mistura de grafite, enchofre e antimônio. O lápis, em inglês é comumente denominado de "pencil" ou “lead” chumbo, porém os lápis não contêm chumbo em seus componentes. A grafite residual de uma vareta de lápis não é venenosa; a grafite é inofensiva se for ingerida.

INCORPORAÇÃO DA COBERTURA DE MADEIRA

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Cobertura do lápis: a sequência superior mostra o antigo método, que requeria que os pedaços de grafite fossem cortados na medida. A sequência inferior é o método atual, usando tiras de grafite e argila.
Foram os italianos os primeiros a utilizar a madeira como revestimento para a grafite dos lápis. Um casal de italianos, Simonio e Lyndiana Bernacotti, foram os primeiros a criarem desenhos para o lápis moderno de carpintaria, com a finalidade de marcar suas peças de madeira; entretanto, sua forma era achatada e com forma ovalada, formando um tipo de lápis mais compacto. Fizeram isso, a princípio, escavando uma vareta de madeira de zimbro.
Pouco depois criaram uma técnica melhorada: se entalhavam duas metades de madeira, onde se inseria uma vareta de grafite e logo se juntavam as duas metades da madeira, colando-as; essencialmente o mesmo método segue vigente hoje em dia. Os lápis ingleses e alemães não estavam ao alcance dos franceses, durante as guerras napoleônicas. O interesse de um oficial do exército de Napoleão mudou isto. Em 1795 Nicolas Jacques Conté descobriu o método de misturar a grafite pulverizada com a argila, formando a mistura que logo eram queimadas em um forno. Variando a proporção de grafite e argila, se definia a dureza da grafite. Este método de fabricação que havia sido descoberto anteriormente pelo austríaco Josef Hardtmuth de Koh-I-Noor, em 1790, segue funcionando até hoje.
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Nicolas Jacques Conté
Os colonos americanos importaram os lápis da Europa até depois da revolução americana. Benjamin Franklin fez publicidade dos lápis em seu jornal da Pennsylvania em 1729 e George Washington utilizou um lápis de três polegadas quando explorou o território de Ohio, em 1762.
Diz-se que em 1812, William Munroe, de Concord, Massachusetts, fabricou os primeiros lápis de madeira nos Estados Unidos.
Esta não era a única fábrica de lápis em Concord. Segundo Henry Petroski, o filósofo transcendentalista Henry David Thoreau descobriu como fazer um bom lápis a partir de uma grafite inferior, usando a argila como cobertura; esta invenção foi incentivada pela fábrica de lápis de seu pai em Concord, que empregou a grafite encontrada em New Hampshire, em 1821, por Charles Dunbar.
O método de fabricação de lápis de Munroe era cuidadosamente lento, e na cidade vizinha de Acton, o dono de um moinho de lápis, chamado Ebenezer Wood estabeleceu um método mais preciso para automatizar este processo em seu próprio moinho de lápis, situado no arroio de Nashoba.
Ele utilizou a primeira serra circular na produção de lápis. Construiu as primeiras caixas de lápis hexagonais e octogonais que temos até hoje. Ebenezer não patenteou sua invenção e compartiu suas técnicas com quem o procurava.
Um destes foi Eberhard Faber, de Nova York, que se converteu no líder da produção de lápis.

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William Munroe

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Henry David Thoreau

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Joseph Dixon
Joseph Dixon, inventor e empresário na área de granito da mina de Tantiusques, em Sturbridge, Massachusetts, desenvolveu meios para produzir lápis masivamente.
Antes de 1870, a Joseph Dixon Crucible Company era já a distribuidora autorizada e maior consumidora de grafite do mundo, que mais adiante se converteria em Dixon Ticonderoga, a companhia contemporânea provedora de lápis e elementos artísticos.

BORRACHA INCLUÍDA

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Modelo de lápis com borracha em seu extremo, na solicitação de patente
Em 30 de março de 1858, Hymen Lipman recebeu a primeira patente por colocar uma borracha no extremo de um lápis. Em 1862 Lipman vendeu sua patente a Joseph Reckendorfer por $100.000, os quais foram destinados a gastos judiciais contra o fabricante de lápis Faber por infração. Em 1875 o Tribunal Supremo dos Estados Unidos determinou contra Reckendorfer declarando à patente como inválida.

FABRICAÇÃO

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Da Fábrica ao Estoque
A matéria prima segue sendo a mesma que então: grafite, argila e água. A quantidade de grafite e argila utilizada determina a dureza da mina. Quando a mistura está pronta, se introduz num forno que evaporará a maior parte da água; formando assim uma pedra que é triturada. O pó é compactado até formar um cartucho de grafite que se coloca em uma máquina, de onde surgirão várias barras delgadas que serão cortadas conforme o tamanho do lápis. O material volta então ao forno para secar a água que ainda contenha. O corpo de madeira do lápis é formado por tábuas delgadas nas quais são feitos vários sulcos; neles são colocadas as barras de grafite; estas são cobertas por outra tábua, também com ranhuras. As tábuas são colocadas em uma prensa onde permanecem por um dia completo. Transcorrido este tempo, são separadas para dar forma aos lápis que são lixados, envernizados, decorados e, em alguns casos, coroados com uma borracha ou uma capa de metal, são embalados e chegam às vitrines das papelarias.


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-lapis/historia-do-lapis-5.php#ixzz1x5OB9Der

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